"Uma andorinha só não faz verão"

Essa semana não estou bem: dores no corpo e no coração... Olhar para trás e ver conquistas é animador, já olhar para frente e ver tudo que ainda falta existir e todos os direitos ainda não respeitados é angustiante.

É muito difícil conscientizar sobre a importância de termos uma rampa livre, uma vaga exclusiva, um elevador no ônibus, uma educação inclusiva e especial. Sou muito pequenina pra alcançar sozinha tudo que percebo ter tanta importância. Existem dias que eu penso em "jogar a toalha" até mesmo falando das lutas pessoais, imagine só das lutas por todo um grupo que simboliza uma minoria se comparado a um todo, onde poucos ainda se mostram.

Nós, pessoas com deficiência, formamos apenas 1/4 da população brasileira, e desse número muitos já desistiram da luta e vivem dá melhor forma que podem (e até vivem muito bem, driblam os obstáculos e se superam), outros estão isolados.

Na história de independência da mulher: Lucretia Mott, fez conquistas. No fim da escravidão dos negros: Zumbi dos Palmares, é lembrado por sua coragem e força. Sendo mais atual, no movimento homossexual brasileiro: Toni Reis, vem mudando conceitos. Ou, Movimento Superação das Pessoas com Deficiência: Billy Saga,  tem causado mudanças positivas na sociedade.

Sabe porque todos eles tiveram/terão vitórias em suas causas? Por que todos formaram uma militância e não apenas simpatizantes com a causa! Para mudar o mundo, a cidade, o bairro, é preciso mudar o que há dentro de você! É preciso se dispor a isso, e isso é um processo trabalhoso (sofrido até), de nada adiantará esperar apenas que o movimento cresça para você se engajar nele, porque se todos esperarem por isso o movimento jamais existirá!

Para lutar pelas causas das pessoas com deficiência você não precisa conhecer na pele o que é ser uma dessa pessoas, você só precisar querer que exista um mundo justo, onde as leis são seguidas!

"Uma andorinha só não faz verão"!

Sozinha não sou ninguém...