quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma boa novidade!

Fui aprovada no CEDERJ, e estou cursando Pedagogia pela UERJ!


Está sendo ótimo!




Cidadania sobre rodas é uma mentira!

Em janeiro fiz a minha prova teórica e fui aprovada com louvor: errei apenas 1 questão! 
Feliz da vida, liguei para o Detran Central para marcar minhas aulas práticas e me disseram para ir até lá pessoalmente. Fiz isso!

Lá no Detran Central, no setor responsável pelo projeto, recebi a noticia de que o carro estava quebrado a meses e sem previsão de conserto. Por isso eu deveria procurar uma autoescola para não perder meu processo! Muito aborrecida, mas sem ver outro caminho, comecei a pesquisar e descobri: é raro uma autoescola com veículo adaptado de acordo com as exigências da perícia do Detran. Aliás, ainda não encontrei nenhuma!

Fui até a autoescola Icaraí, onde minha querida amiga Débora tirou sua carta, e adivinhem a noticia que tive!  A atendente me disse que tinham um veículo adaptado, no entanto, como o Detran iniciou o Cidadania Sobre Rodas a procura passou a ser menor até que acabou, daí venderam o carro! Ou seja, o Detran do Rio de Janeiro, tirou as possibilidades que eu tinha de dirigir!


Desabafando...

Sumi daqui, e de muitos outros lugares. Estou afastada do trabalho desde dezembro, e acreditando estar "pronta" para voltar para minhas atividades, conversei com a psiquiatra e ela me autorizou a retornar.

Mas esse retorno não ocorreu, assim que sai do consultório a angústia e o medo tomaram conta de mim. Medo não mais somente dos transtornos, acidentes, e constrangimentos em ônibus, mas também de retornar a convivência com pessoas tão diferentes de mim.

Obviamente, ninguém é igual a ninguém, e nem estou falando de deficiências, cor de pele ou opção sexual. Somos subjetivos!

No entanto, as minhas diferenças vão além do considerado "natural" pela maioria das pessoas. Não conheço ninguém que consiga me ver sem prestar primeiro atenção na cadeira de rodas e daí concluir se vale ou não a pena me ter por perto.

No ônibus eu sou o "atraso' e no trabalho sou "dependente", cada vez mais "dependente". Foram feitas obras e tudo que antes já era 'mais ou menos' acessível, tornou-se inalcançável. Quando disse que não dava mais pra pegar isso ou aquilo, a resposta foi: basta pedir! 

Somando as dificuldades de ir e vir, os conflitos (discussões e reuniões desagradáveis/desnecessárias da forma que ocorreram, já que eram pra chamar a atenção de quem errou uma ou duas vezes por revolta, enquanto outros faziam como queriam há muito tempo antes), e ter "precisado" ser chamada de imbecil por ter feito algo errado por puro engano (já que não havia sido ensinado antes)... Pressão, desespero, vozes alteradas... E, além de tudo, a maldita dependência! 

Essas coisas ruins fizeram que as coisas boas que ocorriam perdessem o valor: presentes como a cadeira de rodas nova (que me alegraram tanto), chá de panela, festinha de despedida antes de internação, e tantas outras coisas maravilhosas que aconteceram não conseguem diminuir o peso de tudo que me fez mal. 

Por isso não dá pra voltar!

Aqueles com quem pude contar nesses últimos 3 anos, seja apenas com um sorriso, ou um olhar sincero. Estes sempre estarão no meu coração temperados de saudade e carinho. 

Mas, o que passou: PASSOU! Preciso recomeçar, preciso tornar a alegria maior que a angústia que dói tanto!

Quanto aos ocorridos com ônibus, o juiz decidirá o que fazer! Está nas mãos dele, da querida doutora Fernanda (em quem confio) e  de DEUS (meu advogado fiel).

Deixo pra trás hoje, definitivamente, tudo que me levou a depressão. Inclusive o desprezo de homens/mulheres cristãos (de uma igreja que visitamos) que deveriam ter nos acolhido com amor, mas que só evidenciaram minhas deficiências e desprezaram minha origem. Saibam que eu e meu marido somos um, e sempre seremos. Nós  estamos juntos em tudo, e principalmente, para servir ao PAI. Um sem o outro não funciona, nos completamos! 

A família é um Projeto de DEUS, que o mundo vem corrompendo! Nós, cristãos, devemos orar para que se fortaleça o laço familiar e jamais tentar desfazê-los!

Esvazio minhas malas de tudo que me fez/faz mal, jogo fora cada lágrima de tristeza! 


E, agora me sentindo leve sigo em frente!